quarta-feira, 3 de outubro de 2007

GDF diz que demissão do "gerúndio" foi um recado oficial

Pessoal,
Achei extremamente interessante essa matéria do Jornal Correio Braziliense de hoje, que trata da "demissão do Gerúndio" pelo Governador Arruda. É cômico porque vivenciamos isso dia a dia nos órgãos do governo "vamos estar providenciando...." etc. Ontem mesmo quando cheguei em casa assisti a um quadro do Programa Casseta e Planeta que fazia uma sátira a família Telemarketing o que me chamou a atenção para essa reportagem do Correio de hoje..quem viu vai entender pois mostrava um casal que pretendia "marcar" um horário para o sexo...super engraçado!! bastante interessante. A matéria é "rica" pois pode ver avaliada por vários ângulos...Aliás gostaria de parabenizá-los (voces, colegas da turma de Didática) pois acessei alguns blogs e estão maravilhosos.!!!!!.






Brasília, quarta-feira, 03 de outubro de 2007


03/10/200708h47-A demissão do "gerúndio" de todos os órgãos do governo do Distrito Federal por meio de decreto do governador José Roberto Arruda (DEM) foi um "recado oficial" para combater a burocracia no poder público. A explicação foi dada pela assessoria do governador, um dia depois de a medida ser publicada no "Diário Oficial" do distrito.
GDF proíbe uso do tempo verbal 'gerúndio' Segundo a assessoria, a demissão do "gerúndio" não deve ser entendida no sentido literal, pois foi uma 'figura de linguagem adotada para mandar um recado em tom oficial para funcionários do governo que dizem que estão fazendo, mas não fazem'. "Foi uma forma de contestar a letargia e a burocracia que emperram as ações do governo", justificou a assessoria de Arruda. No decreto, o governador também proíbe o uso do gerúndio por desculpa de ineficiência.. O gerúndio é uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo "ndo" que indica continuidade de uma ação. Para o professor de Língua Portuguesa Eduardo Antonio Lopes, do Anglo Vestibulares, o uso do "gerúndio" no decreto foi mal empregado, pois é um termo técnico da gramática. "A maior parte das palavras admitem vários sentidos, dependendo da maneira que for empregada, mas um termo técnico busca a exatidão da ciência", afirmou o professor. Lopes disse ainda que um decreto deve conter informações precisas e não deveria, portanto, usar o "gerúndio" como uma figura de linguagem. "Se um decreto ou lei traz uma linguagem imprecisa, fica inaplicável", comentou. O professor explica que o uso do gerúndio é correto quando empregado para indicar uma ação no transcurso de sua duração. Por exemplo, "estou comendo", o que indica o ato de comer. Porém, o uso abusivo do gerúndio, conhecido como "gerundismo", está incorreto. Segundo o professor, o "gerundismo" é usado em uma a ação momentânea. Por exemplo, "vou estar enviando um fax", em vez de "vou enviar um fax".

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