quarta-feira, 10 de outubro de 2007

LIVROS SÃO UMA BOA OPÇÃO PARA PRESENTEAR AS CRIANÇAS


O gosto pela leitura é algo que se constrói desde cedo. Mergulhar no universo de fadas, bruxas, reis, personagens famosos e outros, estimula sentimentos, desejos e torna-se uma potente ferramenta de aprendizado. Aqueles que têm contato com os livros desde cedo, se saem melhor na leitura e fala.

A POLÊMICA DOS LIVROS DE HISTÓRIA

O assunto da área de educação são os livros didáticos da coleção Nova História Crítica, do autor Mario Schmidt, acusada de fazer apologia ao socialismo. Os livros são usados nas escolas públicas e particulares brasileiras e faziam parte do guia recomendado pelo Ministério da Educação (MEC) até o ano passado. Neste ano, a comissão avaliadora excluiu o Nova História Crítica, mas as razões não podem ser reveladas. Mesmo assim, estima-se que 20 milhões de alunos estudem ou tenham estudado história com a coleção nos últimos dez anos.
Os trechos que mais causaram polêmica foram os que chamavam Mao Tsé-tung de um "grande estadista" que para muitos chineses ainda é um herói, mas "para os anticomunistas não passou de um ditador". No capítulo sobre a Revolução Russa, um quadro explicativo compara o capitalismo e o ideal marxista. Um dos itens menciona que no capitalismo "as decisões econômicas são tomadas pela burguesia, que busca o lucro pessoal". As ilustrações também chamaram atenção; o capítulo intitulado "América Vermelha" tem 14 páginas com um rodapé de imagens de Che Guevara.
O livro tem linguagem coloquial, muitas fotos e gráficos e caiu no gosto dos professores. É um sucesso do mercado editorial didático, são 9 milhões de exemplares vendidos até agora.
Muitos têm questionado o governo por liberar um livro com supostas inclinações para a esquerda. Mas é preciso deixar claro que o MEC contrata especialistas de universidades federais para avaliar as coleções, o ministério não participa da aprovação ou não de obras. Isso é assim desde 1995. Pronto o guia de livros aprovados, esse leque de opções é oferecido ao professor das redes públicas, que escolhe qual coleção pretendem utilizar em suas aulas. A questão fundamental é por que tantos professores de história do País optaram por esse livro nos últimos anos.
por Renata Cafardo
Fonte: O Estado de São Paulo

INTERNET E EDUCAÇÃO

É inegável a revolução que a internet proporciona para a educação, em especial para os mais jovens. Pesquisas e mais pesquisas a este respeito demonstram que o mundo virtual cada vez mais se sobrepõe às técnicas de ensino mais tradicionais. Se hoje parece improvável desvincular uma e outra coisa, é válida a tarefa de questionar os aspectos positivos e negativos da internet para a formação intelectual e profissional de nossos jovens.
Comecemos pelo lado bom, aquele relacionado à facilidade que a internet proporciona quando se trata de fazer pesquisas, buscar informações e alcançar fontes de consulta que eram inacessíveis há pouco mais de 10 anos. O jovem de hoje tem um mundo inteiro ao alcance, e isso amplia o seu repertório e mesmo a capacidade de entender o mundo em que vive.
Esta quebra de barreiras é tida por educadores como uma grande vitória, à medida que permite avançar além do que é aprendido nos bancos escolares. Mais do que um complemento à grade curricular, a rede mundial de computadores oferece um campo aberto para novos conhecimentos e experiências. A própria dinâmica entre alunos e professores é outra, tornando possível compartilhar todo o aprendizado por meios virtuais, seja por e-mail ou por sites que armazenam o conteúdo transmitido em sala de aula. A interatividade, como se vê, pode ser facilitadora do aprendizado. Mas há quem conteste as vantagens apontadas acima, em especial por uma suposta superficialidade comumente associada à internet. Esta corrente de pensamento ganhou um argumento de peso com a divulgação, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), do Suplemento de Cultura da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic), que traça um perfil cultural das cidades brasileiras. Dos índices todos, salta aos olhos a seguinte informação: enquanto o número de municípios com acesso à internet cresceu 178% nos últimos sete anos, houve uma expressiva queda, de 15,5%, no número de cidades com livrarias.
O que se pode depreender de tudo isso é que o maior acesso à internet não se traduz necessariamente em maior acesso à cultura. Muito disso se deve às múltiplas possibilidades oferecidas pela web, incluindo comunidades virtuais, meios de comunicação instantânea e sites que trazem conteúdo pouco instigante para a formação intelectual. Ou seja, ficar mais tempo diante do computador nem sempre é produtivo para a educação tida como formal.
Da pesquisa do IBGE, é possível absorver ainda outro dado preocupante, o de que apenas 4,2% das cidades brasileiras têm uma secretaria municipal exclusiva para a área de cultura. De certa forma, isso se reflete diretamente na pouca capacitação profissional de nossos jovens, contribuindo para um cenário em que coexistem altos índices de desemprego e falta de mão-de-obra qualificada em setores específicos. Entre prós e contras, o que se espera é que a internet seja cada vez mais um instrumento a serviço da educação e da qualificação para o mercado de trabalho. Mais do que apenas facilitar o acesso, é preciso criar condições para que o jovem saiba como tirar o melhor proveito deste novo mundo que é cada vez mais hegemônico na educação do brasileiro
Por Wilson Roberto Giustino
Fonte: Correio do Brasil

O QUE EU LI NA PEDAGOGIA DA AUTONOMIA


Pedagogia da Autonomia do Professor Paulo Freire, tratou da valorização e do respeito ao ser humano como condição maior no processo da vida. A formação ética como parte integrante desse processo é condição sine qua non para estabelecê-la. Ele fala do magistério fazendo uma analogia a um projeto de vida, de valores, sem os quais não se atinge a plenitude. Trata da prática docente enquanto dimensão social da formação humana. Da conscientização de nós seres humanos enquanto seres inacabados, da produção e da construção do conhecimento e do saber no processo didático/pedagógico, professor/aluno. Da importância de se ensinar o aluno a pensar e não apenas ensinar conteúdos e ainda da compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança, do medo, sem a qual, não iremos “intervir” no mundo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

GDF diz que demissão do "gerúndio" foi um recado oficial

Pessoal,
Achei extremamente interessante essa matéria do Jornal Correio Braziliense de hoje, que trata da "demissão do Gerúndio" pelo Governador Arruda. É cômico porque vivenciamos isso dia a dia nos órgãos do governo "vamos estar providenciando...." etc. Ontem mesmo quando cheguei em casa assisti a um quadro do Programa Casseta e Planeta que fazia uma sátira a família Telemarketing o que me chamou a atenção para essa reportagem do Correio de hoje..quem viu vai entender pois mostrava um casal que pretendia "marcar" um horário para o sexo...super engraçado!! bastante interessante. A matéria é "rica" pois pode ver avaliada por vários ângulos...Aliás gostaria de parabenizá-los (voces, colegas da turma de Didática) pois acessei alguns blogs e estão maravilhosos.!!!!!.






Brasília, quarta-feira, 03 de outubro de 2007


03/10/200708h47-A demissão do "gerúndio" de todos os órgãos do governo do Distrito Federal por meio de decreto do governador José Roberto Arruda (DEM) foi um "recado oficial" para combater a burocracia no poder público. A explicação foi dada pela assessoria do governador, um dia depois de a medida ser publicada no "Diário Oficial" do distrito.
GDF proíbe uso do tempo verbal 'gerúndio' Segundo a assessoria, a demissão do "gerúndio" não deve ser entendida no sentido literal, pois foi uma 'figura de linguagem adotada para mandar um recado em tom oficial para funcionários do governo que dizem que estão fazendo, mas não fazem'. "Foi uma forma de contestar a letargia e a burocracia que emperram as ações do governo", justificou a assessoria de Arruda. No decreto, o governador também proíbe o uso do gerúndio por desculpa de ineficiência.. O gerúndio é uma das formas nominais do verbo, formada pelo sufixo "ndo" que indica continuidade de uma ação. Para o professor de Língua Portuguesa Eduardo Antonio Lopes, do Anglo Vestibulares, o uso do "gerúndio" no decreto foi mal empregado, pois é um termo técnico da gramática. "A maior parte das palavras admitem vários sentidos, dependendo da maneira que for empregada, mas um termo técnico busca a exatidão da ciência", afirmou o professor. Lopes disse ainda que um decreto deve conter informações precisas e não deveria, portanto, usar o "gerúndio" como uma figura de linguagem. "Se um decreto ou lei traz uma linguagem imprecisa, fica inaplicável", comentou. O professor explica que o uso do gerúndio é correto quando empregado para indicar uma ação no transcurso de sua duração. Por exemplo, "estou comendo", o que indica o ato de comer. Porém, o uso abusivo do gerúndio, conhecido como "gerundismo", está incorreto. Segundo o professor, o "gerundismo" é usado em uma a ação momentânea. Por exemplo, "vou estar enviando um fax", em vez de "vou enviar um fax".

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Educação de adultos: acesso e qualidade

Os municípios paranaenses de Curitiba e Pinhão recebem, desta terça-feira, 18, ao dia 22, os participantes do 9º Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Eneja). Com o tema A Atualidade do Pensamento de Paulo Freire e as Políticas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), o evento vai reunir representantes do estado e convidados dos países ibero-americanos e países africanos de língua portuguesa.
Segundo Edna Castro de Oliveira, que representa os fóruns de EJA na Comissão Nacional de Alfabetização e EJA do Ministério da Educação, o 9º Eneja reafirmará o compromisso de assegurar ao jovem, ao adulto e ao idoso o direito, o acesso e a permanência a uma educação pública de qualidade. “Nosso desafio é divulgar as diretrizes nacionais da educação de jovens e adultos em todo o país respeitando a diversidade existente em cada região”, explica.
Os fóruns de EJA foram criados em 1997, no Rio de Janeiro, em virtude da 5ª Conferência Internacional de Educação de Pessoas Adultas, em Hamburgo, Alemanha. Na época, o Brasil se comprometeu a elevar a escolaridade de jovens e adultos acima dos 15 anos de idade.
Atualmente, todas as unidades da Federação possuem o seu fórum de EJA. A proposta é levantar a demanda da educação de jovens e adultos de cada estado e acompanhar os cursos oferecidos na região. Dados da Comissão Nacional de Alfabetização e EJA indicam que existem no país 65 milhões de pessoas com mais de 15 anos que não concluíram o ensino fundamental. Destas, 5,7 milhões estão cursando a educação de jovens e adultos.
Conforme o programa, a solenidade de abertura do Eneja será nesta terça-feira, 18, às 19h30, no Teatro Guaíra, em Curitiba.
Flavia Nery

Fonte: Matéria divulgada no site do MEC, no dia 18/09/2007